quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Tarso: AI-5 não é só responsabilidade de militares

Segunda, 8 de dezembro de 2008, 20h45 Atualizada às 22h34
Laryssa Borges
Direto de Brasília

Às vésperas de o País relembrar os 40 anos do Ato Institucional 5 (AI-5), documento que cassou direitos fundamentais no período mais sombrio da ditadura militar, o ministro da Justiça, Tarso Genro, disse considerar que o conjunto de normas são responsabilidade também da sociedade civil, que com juristas e ministros auxiliaram na redação do documento.

"Temos que acabar com esse mito de que o AI-5 e a ditadura são responsabilidade dos militares e das Forças Armadas do Brasil. É claro que as Forças Armadas tiveram um papel fundamental, mas o AI-5 e a ditadura tiveram apoio civil, de ministros, de juristas que redigiram o AI-5, que deram fundamentações", disse o ministro.

O mais rígido ato institucional da ditadura, que devastou os direitos políticos e as manifestações culturais nos anos do regime, completa quatro décadas neste sábado, 13 de dezembro.

"O AI-5 é um momento de triste memória em nosso País. Significou a implantação consciente de uma ditadura, que articulou (também) políticos e civis. Não é só responsabilidade dos militares. Temos que superar essa idéia da ditadura como resultado de um aparato militar puro para superar inclusive uma ideologia falsa a respeito da ditadura e construir a democracia com segurança", comentou Tarso.

Redação Terra

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