ROMA, 27 NOV (ANSA) - O ex-almirante Eduardo Massera, de 83 anos, membro da primeira junta militar durante a ditadura argentina (1976-1983), será submetido a uma visita médica no próximo dia 3 de dezembro em sua casa em Buenos Aires, por disposição do juiz de investigações preliminares de Roma, Marco Mancinetti.
A Justiça romana acusa Massera de homicídio múltiplo com os agravantes de maus-tratos e tortura, considerando-o responsável pela morte entre 1976 e 1977 de três pessoas: os italianos Angela Aietta de Gullo e Giovanni Pegoraro, e a filha deste último, Susana, nascida na Argentina e que estava grávida quando foi seqüestrada.
Massera será visitado pelo assessor médico do tribunal, Piero Rocchini, e pelos assessores da acusação, Fernando José Scoponaro e Alfonso Carofile, para verificar se o ex-militar tem condições de comparecer à audiência na qual serão examinadas as acusações.
Segundo fontes judiciais, a visita dos assessores se tornou necessária após inúmeras tentativas infrutíferas de receber assistência da autoridade judicial argentina.
Pelos mesmos delitos dos quais Massera é acusado, no último dia 14 de março foram condenados pelo tribunal de primeira instância de Roma cinco ex-oficiais do Exército argentino: Jorge Eduardo Acosta, Alfredo Ignácio Astiz, Jorge Raúl Vildoza, Héctor Antonio Febres e Antonio Vañek. (ANSA)
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