JORNAL DE BRASÍLIA POLÍTICA
O secretário especial de Direitos Humanos, ministro Paulo Vannuchi, cobrou ontem, em tom duro, que a Advocacia-Geral da União (AGU) reveja já o parecer que, a seu ver, "beneficia torturadores" e disse que tem respaldo do presidente Lula para não deixar o tema sem solução.
"torturadores têm horror à luz, pois se alimentam das trevas, do silêncio, da escuridão", disse Vannuchi. "Mas não haverá pedra sobre o assunto", disse, ressalvando que o governo está "aberto ao diálogo e à reconciliação". Segundo Vannuchi, há "um evidente equívoco a ser corrigido" no parecer da AGU, feito para contestar ação movida na Justiça paulista pelo Ministério Público em defesa da punição de violadores de direitos humanos. O parecer beneficia diretamente os coronéis reformados do Exército arlos Alberto Brilhante Ustra e Audir Santos Maciel, acusados de violações aos direitos humanos. Em outro ponto, cria dificuldades para a abertura dos arquivos da repressão. "Eu não sei se será possível a AGU retirar essa peça e apresentar outra, ou se melhor aguardar outro momento do processo para emitir posição", observou, lembrando que, como está, a situação não pode permanecer. Vannuchi disse que Lula é quem decidirá a questão. Elelembrou que, quando chamado para o cargo, o presidente lhe disse estar insatisfeito com o encaminhamento dado ao tema dos mortos e desaparecidos e o tabu em tratar do assunto para ão ferir suscetibilidades no meio militar. Lula disse ter avisado os chefes militares que não queria passar à história como o presidente que jogou uma pedra sobre o assunto. Avisado de que a AGU estava disposta a revisar o teor do parecer se recebesse pedido formal,Vannuchi foi irônico. "Pedirei coma maior humildade que o meu colega ministro reveja o parecer o mais breve possível."
O secretário especial de Direitos Humanos, ministro Paulo Vannuchi, cobrou ontem, em tom duro, que a Advocacia-Geral da União (AGU) reveja já o parecer que, a seu ver, "beneficia torturadores" e disse que tem respaldo do presidente Lula para não deixar o tema sem solução.
"torturadores têm horror à luz, pois se alimentam das trevas, do silêncio, da escuridão", disse Vannuchi. "Mas não haverá pedra sobre o assunto", disse, ressalvando que o governo está "aberto ao diálogo e à reconciliação". Segundo Vannuchi, há "um evidente equívoco a ser corrigido" no parecer da AGU, feito para contestar ação movida na Justiça paulista pelo Ministério Público em defesa da punição de violadores de direitos humanos. O parecer beneficia diretamente os coronéis reformados do Exército arlos Alberto Brilhante Ustra e Audir Santos Maciel, acusados de violações aos direitos humanos. Em outro ponto, cria dificuldades para a abertura dos arquivos da repressão. "Eu não sei se será possível a AGU retirar essa peça e apresentar outra, ou se melhor aguardar outro momento do processo para emitir posição", observou, lembrando que, como está, a situação não pode permanecer. Vannuchi disse que Lula é quem decidirá a questão. Elelembrou que, quando chamado para o cargo, o presidente lhe disse estar insatisfeito com o encaminhamento dado ao tema dos mortos e desaparecidos e o tabu em tratar do assunto para ão ferir suscetibilidades no meio militar. Lula disse ter avisado os chefes militares que não queria passar à história como o presidente que jogou uma pedra sobre o assunto. Avisado de que a AGU estava disposta a revisar o teor do parecer se recebesse pedido formal,Vannuchi foi irônico. "Pedirei coma maior humildade que o meu colega ministro reveja o parecer o mais breve possível."
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