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O governador Teotonio Vilela Filho e o secretário-chefe do Gabinete Civil, Álvaro Machado, ao lado do diretor do Arquivo Público de Alagoas, Geraldo da Silva Filho, foram os anfitriões do Seminário Memórias Reveladas: Lutas Políticas em Alagoas. O evento foi marcado pela oficialização do recebimento de transferências e doações de documentos do período de 1964 a 1985, referentes à repressão e à resistência política no Brasil nos tempos da ditadura militar.
O governador Teotonio Vilela Filho e o secretário-chefe do Gabinete Civil, Álvaro Machado, ao lado do diretor do Arquivo Público de Alagoas, Geraldo da Silva Filho, foram os anfitriões do Seminário Memórias Reveladas: Lutas Políticas em Alagoas. O evento foi marcado pela oficialização do recebimento de transferências e doações de documentos do período de 1964 a 1985, referentes à repressão e à resistência política no Brasil nos tempos da ditadura militar.
“A ocasião é histórica para Alagoas, visto que, com o resgate do Arquivo Público do Estado, nós ganhamos a credibilidade que não existia. E, a partir daí, conquistamos a parceria com a Casa Civil, através do Arquivo Público Nacional e do Projeto Memórias Reveladas. Estamos escrevendo um novo capítulo da história documental de Alagoas”, disse o secretário Álvaro Machado.
A Universidade Federal de Alagoas, através da reitora Ana Dayse Dórea, devolveu para o Estado e para o Arquivo Público um acervo composto por 201 textos escritos, 913 fichas pessoais e 77 fotografias advindas do extinto Departamento de Ordem Política e Social (Dops), referentes aos período entre 1941 a 1980, que estava sob a guarda da Universidade até que o Estado tivesse capacidade para abrigar documentos de tamanha relevância histórica. “A Ufal tem satisfação de poder devolver ao Estado documentos que lhe são devidos. A importância de investimentos do governo na história de Alagoas é inestimável”, ressalta a reitora.
O Arquivo Público do Rio de Janeiro, representado pelo seu diretor, o professor Paulo Knauss, doou cerca de 300 documentos digitalizados. São relatórios que o extinto Dops de Alagoas enviava periodicamente para o Rio de Janeiro, onde funcionava a sede. O professor Paulo Knauss ressaltou a importância das parcerias institucionais. “Através da história dos estados podemos contar a história do Brasil. Vem daí a importância do intercâmbio de informações. As referências que constam nesses documentos que estão sendo doados são importantes, já que confirmam que, hoje, estamos escrevendo uma outra história no Brasil”.
O pesquisador comentou também sobre a importância documental e do acesso a informações para o exercício da cidadania. “Os grandes arquivos públicos do mundo estão localizados nas grandes democracias. A informação a serviço da cidadania contribui para demonstrar que a democracia no Brasil vai longe, e o futuro dos arquivos públicos é colaborar com a construção da transparência no Estado”.
Documentos referentes à reabertura democrática do Brasil, oriundos dos partidos de esquerda, e referentes à nossa história afro-descendente, também foram doados ao arquivo pelos professores Sávio de Almeida e Geraldo de Majella, que, por sua vez, se comprometeu a doar para o Arquivo Público do Estado o restante do material de interesse público que tem em seu arquivo pessoal.
O diretor do Arquivo Público de Alagoas, professor Geraldo da Silva Filho, destacou o novo fôlego que a instituição está adquirindo, com o apoio do Governo do Estado, através do Gabinete Civil. “A recepção desses arquivos referentes à ditadura militar subsidia a participação do APA em um projeto que é nacional e que tem critérios rígidos para seleção. O resgate da nossa credibilidade começou através da associação com entidades e pessoas sérias e comprometidas com a história documental do nosso Estado”, finalizou.
O secretário-chefe do Gabinete Civil, Álvaro Machado, ressaltou o pioneirismo do Estado quando o governador Teotonio Vilela Filho transferiu a administração do Arquivo Público de Alagoas da Secretaria de Educação para o Gabinete Civil. “A ação foi elogiada e repetida por estados como o Rio de Janeiro e São Paulo, que utilizaram subsídios legais do nosso Estado para realizar a ação”. O secretário lembrou também que a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, também elogiou a iniciativa, já que o Arquivo Público Nacional sempre foi ligado à Casa Civil.
De acordo com Álvaro Machado, a nova fase do Arquivo Público de Alagoas é um caminho sem volta, já que, segundo o secretário, é uma determinação do governador que o Gabinete Civil conceda apoio total aos projetos da entidade para que a história documental de Alagoas seja tecnicamente trabalhada e socialmente disponibilizada para a sociedade. “O Arquivo está recebendo investimentos em estrutura e tecnologia para que possa crescer com solidez. Os investimentos do Estado, com o apoio da Casa Civil, do Arquivo Público Nacional, visam tornar Alagoas pólo incentivador e dinâmico de pesquisa e estudo sobre nossa história oficial”, arremata. por Agência Alagoas
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